domingo, 24 de outubro de 2010

O Monstro do Pacifico



Na época das grandes navegações, quando as nações do velho mundo resolveram sair de seu quintal e desbravar, inclusive tomando a força, os quintais dos visinhos, era prática comum aos cartógrafos inserir, nos limites conhecidos dos oceanos, figuras de bestas terríveis e monstros marinhos. Era sua forma singela de dizer “até ai beleza, se quiser passar, problema seu!”.
Nesta época eram comuns relatos de avistamentos de criaturas fantásticas, que preenchiam o imaginário do aculturado povo da idade média. Alguns relatos são famosos, como o exorcismo realizado por São Columba no monstro do lago Ness lá no século VI, aliás, este cara era fera, diz que, certa vez, matou um javali só com o grito, literalmente estava matando “javali” a grito! Outro episódio que nos faz repensar nossa própria ignorância, é o relato que Colombo faz por carta na época em que chegou ao novo mundo, na qual descreve de forma totalmente natural e despretensiosa, que haviam muitas sereias naqueles mares e que seus rostos eram muito feios, mas seu corpo, com o perdão do trocadilho, dava um caldo.
Bem, podemos pensar que tudo isso ocorreu há muito tempo, quando o pessoal era muito supersticioso e se impressionável. Ok, realmente eram, mas, e o que dizer de um avistamento recente (1983), testemunhado por diversas pessoas, muitas das quais, nem se conheciam e ainda estavam em diferentes posições em relação ao local do avistamento? Agora a coisa ficou mais interessante, não é?
Tarde de 31 de outubro de 1983, uma turma de trabalhadores consertava um tre¬cho da Rodovia 1, situado num penhasco à beira-mar, no condado de Marin, na Califórnia. Lá do alto, eram visíveis as extensas areias da praia Stinson e a vasti¬dão do Pacífico. A paisagem, apesar de bonita, manteve-se monotonamente inalterada, até por volta das 14h00, quando o sinaleiro da equipe notou alguma coisa muito grande e muito estranha, vindo em alta velocidade em direção à costa. O sinaleiro não teve dúvidas e, rapidamente passou uma mensagem por rádio ao seu companheiro de trabalho, Matt Ratto, para que tentasse ver mais detalhes através de um binóculo.
Até o momento, o que de mais emocionante fora observado pelo binóculo de Ratto, era uma ou outra banhista tomando sol. Mas, o que viu no mar o fez perder, apesar de temporariamente, o interesse nas belas californianas. Ele observou pelo seu binóculo, um animal gigantesco, escuro, a cerca de quatrocentos metros de onde estava. Era completa-mente diferente de tudo que conhecia — uns trinta metros de comprimento, fini¬nho, com três corcovas ou anéis verticais.
Numa tarde absolutamente banal de ou¬tono, Matt Ratto ficou estarrecido diante do que parecia ser de fato uma serpente do mar. Enquanto observava, a criatura tirou a cabeça da água, como se estivesse espiando em volta, talvez cobiçando as californianas. Depois, com uma guinada súbita, mudou de direção, submer¬giu a cabeça e voltou para o alto mar. Outra testemunha, um motorista de cami¬nhão chamado Steve Bjora, calculou a velocidade do monstro entre setenta e oi¬tenta quilômetros por hora, realmente este caminhoneiro está na profissão errada, deveria ser matemático. Para Bjora, que viu apenas duas corcovas, a criatura parecia uma comprida enguia. Cinco trabalhadores viram a besta naquele dia e as descrições estavam de acordo quanto ao grande comprimento, ao corpo esguio e à cor escura do animal.
A filha de Marlene Martin contou que sua mãe também havia avistado o estranho ser e o descreveu para família, mas, por medo do ridículo, não quis dar seu testemunho em público. Isso é algo bastante comum no que se refere à avistamentos que saem do lugar comum. Muitas pessoas, por medo de se expor e acabar parecendo impressionáveis ou até mesmo malucos, não revelam o que viram ou contam apenas para os mais próximos, que nem sempre levam a sério. Como o caso de outra testemunha, Roland Curry, que na época tinha dezenove anos, também viu a ser¬pente uma semana antes daquele dia, na praia e, entusiasmado, contou a sua namorada, que o chamou carinhosamente de “biruta”. Ele só foi a publico após os relatos dos trabalhadores. Contou aos repórteres, muito emo¬cionado, que era a segunda vez que via o monstro em menos de uma semana.
Três dias depois, uma criatura semelhante, ou até a mesma, quem é que sabe, foi avistada por um grupo de surfistas a mais de seiscentos quilômetros ao sul de Marin. Um dos surfistas, Young Hutchinson (o nome difícil), declarou entusiasticamente que o monstro ergueu sua cabeça a uns três metros de sua prancha, olhou para ele, e parecendo não gostar do que viu, mergulhou novamente. Como as outras testemunhas, ele somente revelou sua história após a divulgação do avistamento dos trabalhadores de Marin, também ficou com medo que achassem que tinha alguns parafusos soltos.
Mesmo neste século, muitas pessoas juram que viram criaturas estranhas nos oceanos do mundo, e até algumas fotos são divulgadas. Como o caso recente em Saltern Cove Goodrington em Paignton Inglaterra, onde algumas fotos foram divulgadas do avistamento de um estranho animal marinho, que atacou um cardume de peixes que em pânico, tentaram apressar a evolução seguindo para terra firma e acabaram encalhados na praia. Infelizmente, as fotos não ficaram nítidas, apesar do animal estar a apenas 30 metros da praia.
Graças a estas provas pouco confiáveis é que a comunidade cientifica, e o restante da população, tem dúvidas quanto à veracidade de todos estes relatos. Apesar de toda tecnologia disponível o tempo todo com as pessoas, como celulares com câmeras, item comum a maioria, ainda assim, ninguém foi capaz de apresentar uma boa foto ou até uma filmagem que não gere dúvidas a respeito do que está sendo visto. Somente quando, e se, surgir esta prova, as pessoas irão se sentir mais confiantes para “sair do armário” e revelar suas experiências pessoais, sem medo de se expor ao ridículo e serem chamados de “birutas”.

Autor: Marcelo Paulo Berbeki

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